Argentina Parte 8: Mendoza (Valle do Uco, Tupungato)
23 de dezembro - Segunda-feira
Na La Pousada Akasha, o café da manhã era a partir das 9h. Porém, na tarde anterior, ao informar os proprietários que sairíamos bem cedo, ele nos surpreendeu dizendo que jamais não sairíamos sem um desajuno. Que deixaria as coisas arrumadas na cozinha para tomarmos nosso café.
E assim foi, levantamos na ponta do pés para não fazer barulho, tomamos tranquilamente nosso café e saímos muito contentes com a gentileza.
No local onde deixamos as chaves, havia um bilhete de boa viagem. Falar o que da gentileza dos argentinos? Só elogios!!!
Tchau linda Lady
Decidimos sair cedo para não pegar muito calor e também porque a viagem seria relativamente longa, por volta de 630km, rumo a Mendoza.
Às 5h20 nos despedimos da charmosa Villa General Belgrano e pegamos uma linda estrada, na qual passamos pela cidade de Embalse e o lindo lago chamou a atenção. Na verdade, trata-se do maior lago artificial de Córdoba, o reservatório Rio Tercero, considerada a maior reserva de água doce da província e claro, uma das maiores atrações da cidade, ligada ao esporte e lazer.
Lindo dia
Pintura
Puente las Vacas
Lindo demais
Passamos pela cidade de Rio Cuarto.
Rio Cuarto
Sistema eólico em Rio Cuarto
Cruzamos os estados de Córdoba e San Luis, e passamos pela cidade de La Punilla, com muito calor.
Estado de San Luis
A linda igrejinha de Nossa Senhora de Lujan fica localizada bem na entrada da cidade de La Punilla.
Capilla Nuestra Señora de Luján
Seguimos por uma estrada reta e infinita. Avistávamos uma montanha, a qual nunca chegava.
A montanha
Reta infinita rumo a montanha
Quase no pé da montanha
Mudamos de estrada, que era toda florida e com inúmeros postes coloridos. A cada "x kms" os postes mudavam de cor, e a nossa distração, era adivinhar a próxima cor.
Flores
Postes coloridos
San Luis, centro
Às 11h, entramos na cidade de San Luis, para abastecer e comer, pois já estávamos com muita fome. Paramos em um posto de conveniência da Shell.
Comemos o famoso lanche de miga, que é um primo do nosso misto quente.
Sanduiche de miga
Seguimos pela reta infinita e continuamos observando as cores dos postes, nosso passatempo.
Postes verdes
Após rodar, chegamos no portal de Mendoza. Fomos parados pelo policial que nos cumprimentou e desejou boa viagem.
Portal de Mendoza
Capilla
Na sequência, passamos por uma barreira sanitária e levamos um jato na motoca.
Aviso de barreira sanitária
Um jato na cabeça e na motoca
Ao passar pelo Portal de Mendoza não vá achando que a viagem terminou, pois ainda restava uns 180 km para chegar na cidade e a temperatura só subia.
41 graus
Nós de moto, com calor e cansados, passamos por uma figura pedalando um triciclo.
Quanto mais chegávamos perto de Mendoza, mais visível ficava a Cordilheira dos Andes. Que emoção!
Céu azul e a Cordilheira ao fundo
Finalmente chegamos em Mendoza e de início já vimos sinais de protestos da população.
Protesto
Ao chegar, nos surpreendemos com a cidade, pois imaginávamos algo mais tranquilo, rural. Mas gostamos do visual da cidade, bem arborizado e tudo muito organizado.
As ruas são lindas
Royal Enfield
Chegamos às 15h no nosso apart hotel Umbral del Aconcagua e fomos muito bem recebidos pela Julieta.
Delícia de quarto, todo equipado
Após um bom banho, saímos a pé. O calor na cidade é de lascar e as árvores fazem toda a diferença. Estranhamos os buracos no entorno delas e até achamos perigoso, pois não havia nenhuma proteção para os pedestres.
Buracos no entornos das árvores
Nos apaixonamos por Mendoza e percebemos que estávamos muito bem localizados, pertinho de tudo.
Banco Hipotecário Nacional
Plaza San Martin
Basílica de San Francisco
Mais um pouco e chegamos no Mercado Central, lugar que adoramos conhecer em nossas viagens.
Mercado Central de Mendoza
Interior do mercado
Comprinhas
Estamos no paraíso
Fizemos umas comprinhas e paramos para comer umas empanadas, acompanhadas de Quilmes geladinha.
Retornamos para o hotel e esperamos anoitecer para sair para jantar. Por volta das 21h o sol se pôs.
Saímos a pé e fomos jantar em um restaurante que estava na minha listinha dos desejos, o La Marchigiana.
Lindo ambiente
Patagonia trincando
Deliciosa comida
Na volta, havia uma grande manifestação popular, que mais tarde viemos a saber o motivo. O grande protesto foi realizado contra uma lei que favorecia a mineração. A reforma de uma lei aprovada pelo parlamento regional, que permitia a atividade mineira com o uso de substâncias químicas (como o cianeto e o ácido sulfúrico). Devido à grande mobilização nas cidades envolvidas, a mesma foi retirada.
Presenciamos uma bela manifestação popular com o apoio da polícia e sem baderna. Lojistas e motoristas também apoiaram os manisfestantes.
24 de dezembro - Terça-feira
O café da manhã por aqui foi servido no quarto e como estávamos num apart, incrementamos com tudo de gostoso que compramos no Mercado Central.
Vai um salaminho?
Frios deliciosos
Reservamos o dia para conhecer o Departamento de Tupungato, localizado no centro oeste da Província de Mendoza, a cerca de 80 quilômetros do centro de Mendoza. Tupungato faz parte do Valle de Uco, juntamente com os departamentos de Tunuyán e San Carlos.
Rumo a Tupungato
O Valle do Uco é a região produtora mais nova da província e também a mais famosa. Com um cenário de tirar o fôlego, é conhecida por sua elevada altitude, como na região de Tupungato, que possui vinhas plantadas a quase 1.200 metros acima do nível do mar e é mundialmente famosa pela produção de malbec, merlot, pinot noir, semillon e torrontés.
O caminho é lindo, sempre sentido à Cordilheira.
Cordilheira ao fundo
Vinícolas
As bodegas vão surgindo ao longo da estrada, uma fazendo limite com a outra.
Bodegas ao longo do caminho
Pausa para foto
Bienvenidos a Tupungato
Valle de Uco
Avistamos uma placa Mirante Cristo Rey, e seguimos para conhecer.
Caminho para o mirante Cristo Rey
O caminho todo de pedrisco e bem deserto, não encontramos ninguém.
Subindo o morro
Quase lá
O visual lá de cima é simplesmente indescritível. Apesar do sol e do céu azul, a temperatura estava bem agradável e fresquinha.
No topo
Paz
Lindeza
Contemplando a perfeição
Meu piloto
Após apreciar e se deslumbrar com o belíssimo visual, descemos e seguimos para o centro.
Descida
Centro de Tupungato
Igreja
Dodge
Por essas cidades, é muito comum encontrar carros antigos rodando a todo vapor.
Finca San Jose
Entrada da Andeluna
A primeira bodega que visitamos foi a Andeluna, muito conhecida na região.
Flores sempre presente nas vinícolas
Sombrinha
Andeluna
UAU
1300 Torrontés
Por sugestão do funcionário da bodega, provamos um Torrontés, produzido com uma uva branca de mesmo nome, que tornou-se ícone na Argentina, dando origem a vinhos brancos extremamente potentes e capazes de surpreender inúmeros paladares.
1300 Malbec
Como estávamos na terra do Malbec, não poderíamos ir embora sem prová-lo. Delicioso!
Vinhozinho na varanda
Conforto
Panorâmica
Lavandas
Bodega Andeluna
Seguimos o passeio e a próxima parada foi na Casa Petrini, uma belíssima bodega e com um visual tão maravilhoso quanto a anterior.
Casa Petrini
Entrada da bodega
Interior
Olha lá a flor diferente de novo
Churrasco e vinho
Provamos um Lecho de Río Chardonnay, conhecida como “a rainha das uvas brancas”. Muito bom.
Lecho de Río Chardonnay
De lá seguimos para a La Azul, que tínhamos lido muito bem a respeito, mas ela estava fechada. Conhecemos apenas a propriedade.
La Azul
Plantação de pêssego
Pêssegos
La Azul
De lá, passamos na Chandon e depois fomos na Belasco de Baquedano, um pouco mais distante.
Chandon
A caminho de outras bodegas
Construções típicas
Ao chegar na vinícola, o visual surpreendeu, pois uma é mais bela que a outra.
Belasco de Baquedano
Imponente
Flores
Decoração
Não demos sorte, pois o último horário de almoço estava encerrado. Por ser dia 24 de dezembro, as bodegas encerraram as atividades mais cedo.
Retornamos para o centro de Mendoza, e pelo horário, poucos restaurantes estavam abertos para almoço.
Vagas para motos
Paramos no charmoso Quinta do Norte e almoçamos uma deliciosa massa.
Essa cerveja é deliciosa
Raviole delicioso
Sombra muito agradável
Doce de laranja e café
Já na moto, ao sair do restaurante, fomos abordados por um morador que estava passando a pé e admirando nossa moto. Leonardo, também era motociclista, a conversa foi longe. Ele nos contou sobre Los Caracoles e Uspallata, passeio imperdível e que de forma alguma poderíamos ir embora sem fazê-lo, conforme suas palavras.
Leonardo, um hermano muito gente boa
As horas já estavam avançadas e o comércio todos estava fechado, o que fez com que nossos planos para a noite de Natal fossem por água abaixo.
Mas não fez diferença, pois estávamos muito felizes com nosso dia e nosso apart estava abastecido com vinho, pão, jamons e queijos. Perfeito!
Nossa ceia de Natal
...continua
Curiosidades:
Mendoza é o lugar ideal para apreciar e degustar os melhores vinhos argentinos, pois são mais de 144 mil hectares de vinhedos, 1.500 vinícolas e 2/3 de toda a produção de vinho da Argentina reunidas na mesma região.
O Vale do Uco foi descoberto pela indústria vitivinícola nos anos 1990. Localizado no sudoeste da cidade de Mendoza, bem aos pés dos Andes, seus vinhedos estão plantados em uma zona de clima temperado, com invernos rigorosos e verões quentes com noites frescas. Os solos são predominantemente pedregosos, com seixos rolados misturados à areia grossa, de boa permeabilidade, boa drenagem e pouco férteis. O índice pluviométrico é baixo e a irrigação dos vinhedos é normalmente feita por gotejamento com água de degelo das montanhas. O Vale estende-se por três departamentos (segundo nível de divisão administrativa nas províncias argentinas): Tupungato, Tunuyán e San Carlos
A flor que tanto amei e que até então não conhecia, chama-se Lírio-Tocha. Deu muito trabalho para achar seu nome no Google, mas com um pouco de paciência, consegui. É originária da África do Sul (mais propriamente, da Cidade do Cabo), é uma planta herbácia e de aspecto exótico. Sua inflorescência é em forma de pino, com flores cilíndricas. De inicio, de um belo coral, depois alaranjado, e ao abrir a flor, passa a amarelo. Podem atingir 1,5m de altura
Nenhum comentário:
Postar um comentário