quarta-feira, 18 de março de 2020

Argentina Parte 9: Mendoza (Caracoles de Villavicencio, Uspallata, Potrerillos)


25 de dezembro - Quarta-feira

Dia de Natal e nós resolvemos seguir as dicas do argentino Leonardo e partimos para os Caracoles de Villavicencio, também conhecido por El Camino de las 365 Curvas.

Cidade deserta
Tudo tranquilo



A cidade estava bem deserta e logo chegamos na estrada que nos levaria a uma das nossas maiores aventuras.

Uma retona pela frente

Reserva Natural Villavicencio

Passamos por uma espécie de portal, que na verdade são ruínas do Monumento Histórico de Canota.

Portal

Após o portal, deu início a uma serrinha, com curvas e asfalto precário. Fomos apreciando a paisagem e notando a temperatura cair.



Aviso sobre os animais que encontraríamos no caminho

Oi?

Caminho com flores amarelinhas



Chegamos a uma das atrações da reserva, que é o Hotel Termas de Villavicencio, construído em 1940 e que por muito tempo funcionou como um centro de SPA de Águas Termais, atraindo visitantes do mundo inteiro. Suas atividades foram encerradas em 1978, logo após a abertura da nova ligação entre a Argentina e o Chile.
Sua estrutura continua intacta, e as visitações ocorrem mediante compra de bilhetes e são restrita ao jardim, áreas ao ar livre e capela. A intenção é transformá-lo em museu.
Por ser Natal, estava fechado.

O famoso hotel

Informações sobre os Caracoles

Conduza com precaucão

Mapa da Reserva

Deste ponto para frente, o passeio foi mudando de cara. O pavimento era de rípeo, as curvas se tornando mais fechadas, a temperatura caindo cada vez mais e tudo ficando muito mais lindo.

Começo da aventura

Curvas

E mais curvas

Pausa para fotos

Subindo cada vez mais

Lindo visual com o hotel lá embaixo

Registrando tudo



Seguimos o passeio que estava cada vez mais encantador. Paramos em um mirante e havia um passarinho colorido que não se assustou com a gente. Muito pelo contrário, ele nos acompanhou numa boa.

Nosso amigo: o passarinho

Meu piloto

Caracoles

Olha o flash



Continuamos em frente e a surpresa foi outra: guanacos! Muitos guanacos passando por nós. Eles são grandões!

Guanacos 



Logo a frente, paramos para apreciar o antigo telégrafo.

Antigo telégrafo no topo



Entramos na casinha para conhecer

Passamos por uma região com muitos guanacos, que nem se importavam com a nossa presença.
Uma mãe com seu filhotinho me fez até perder o fôlego, de tão linda cena.

Família

Mais guanacos




Nesta altura, era 12h54 e estava 8,5 graus. Ventava bem gelado.

8,5°

Seguimos uma placa para o Mirador del Balcón. Por ali, a terra era bem fofa e não dava para entrar com a moto. Descemos e seguimos a pé por um bom caminho.

Daqui, seguimos a pé

Mirador

Mirador

Abismo

Desbravando


Caminhada

Mirador del Balcon

A moto láaa no fundo

Seguimos o passeio e avistamos a Cruz de Paramillos, um monumento erguido em memória dos missionários jesuítas naquele território. Está localizada a 3000 metros acima do nível do mar e é o local ideal para parar e apreciar a enorme beleza imposta pela cordilheira.

No topo, a Cruz


Encantador
 
Capela de Virgem de Fátima

Virgem de Fátima

Mais acima, estava o Mirador del Aconcagua, considerado o lugar mais alto da Reserva Natural de Villavicencio.
Neste ponto, foi o único local que encontramos alguém. Um carro com 3 chilenos que vieram do sentido contrário e dali mesmo voltariam, pois estavam com frio. Até tentei convencê-los a seguir em frente, contando as coisas lindas que vimos, mas não estavam animados. A chilena, falava português e me disse que morou por 2 anos em Interlagos, SP.

Mirador del Aconcagua


Seguimos o passeio e o local parecia ficar cada vez mais árido.

Desertão

Nós e Deus

Cruz

Pouca vegetação no local

Neste ponto, quase que não conseguimos tirar essas fotos, pois eram tantos mosquitos que avançavam em nós, que ficamos o menor tempo possível parados.

Linda natureza

Grafites

Construções grafitadas no meio no nada


Seguimos o passeio e chegamos em Uspallata.

Linda estradinha

Sinalizações


Museu Las Bovedas

Passamos por alguns pontos turísticos e logo chegamos ao centro da cidade.

GAM - Grupo de Artilleria de Montana 8

Centro

Centro

Bem no centro, às 14h30, achamos um restaurante aberto e paramos para almoçar, La Fonda - Parrilla Libre.

La Fonda - Parrilla Libre

Fomos muito bem recebidos e o garçom explicou que o sistema era à vontade. Havia muita coisa para comer no buffet e as carnes eram preparadas conforme nossa preferência na churrasqueira. Por ali, comi as empanadas mais maravilhosas da viagem.

Parrilla

Buffet

Um brinde ao nosso passeio

A melhor empanada da nossa viagem

Carne muito saborosa

Conhecendo a Andes

Passamos bons momentos nesse restaurante, tudo muito gostoso. Da entrada a sobremesa.
Seguimos nosso passeio, que ainda nos reserva muitas surpresas, pois a estrada por si só, é considerada um ponto turístico. O tour pela Alta Montanha, na Ruta Nacional 7, é um dos mais belos passeios em terras mendocinas e basta curtir tudo o que aparece no caminho, pois a cada curva, um novo cenário aparece a nossa frente.


Linda estrada

Passamos pelo Rio Mendoza, que com suas águas barrentas, nos acompanhou durante longo percurso. Também observamos uma antiga linha de trem desativa e as diversas pontes metálicas.

Cruzando o Rio Mendoza

Rio Mendoza

Paisagem incrível

Durante nossa viagem pela Argentina, nos deparamos com muito pontos com garrafas pet amontoadas em uma espécie de santuário. Depois de pesquisar, refere-se a adoração à Defunta Correa, figura religiosa argentina com milhares de devotos, devido a sua história trágica e alegados milagres. (nas curiosidades ao final, explicarei o fato).

Devoção a Defunta Correa



Em determinado trecho, a estrada se torna estreita entre o rio e as montanhas e ai começam os famosos túneis encravados nas pedras da Ruta 7, no total de 10 túneis (todos eles possuem uma numeração).



Os famosos túneis da Ruta 7

Rio Mendoza nos acompanhando

Túnel

Uma vila no  meio no nada

Em determinado ponto, a grande surpresa: o Rio Mendoza até então barrento, desemboca num dique de águas maravilhosamente azuis turquesa de arrancar suspiros. O Dique de Potrerillos foi inaugurado em 2001 e fica a 69 km da cidade de Mendoza, em pleno Corredor Andino.

Deslumbrante Dique de Potrerillos

Contemplando

Por outro ângulo

De tirar o fôlego

Luján de Cuyo - Potrerillos

Dique de Potrerillos

A região é muito procurada pelos argentinos e turistas no verão, onde rolam atividades aquáticas como rafting, caiaque, windsurf, entre outras.





Alegria dos argentinos

Pintura

Muitas fotos

14 km de extensão




Belezas diversas

Pontezinha

Passada a barragem, continuamos a ver a curtição dos argentinos, que aproveitam qualquer sombra para acomodar sua cadeira de praia e relaxar no dia de sol.

Entrada do parque de Água Termal - Cacheutas

Uma sombra, uma cadeira

Mais cadeiras de praia

Luján Playa - Bajada al Río, é um local público, no qual os moradores curtem o sol, se refrescam nas águas do Rio Mendoza, praticam esporte e fazem churrasco, embalados com shows ao vivo e muitas outras atrações. Estava lotado.

Mirante das Ruínas de Fader

Luján Playa - Bajada al Río

Entrada: Luján Playa - Bajada al Río

Mais alguns quilômetros e estávamos de volta a Mendoza, por volta das 18h30.

Linda Virgem Maria, na entrada de Mendoza



A bandeira do país, sempre imponente


Chegamos no hotel, descansamos um pouco e saímos a pé. Ainda estava sol, por volta das 20h30.
Fomos até a Rua Sarmiento, a rua que não fecha nunca, repleta de bares e restaurantes.

Protesto até na árvores de Natal

Rua Sarmiento

Na volta ao hotel, havia uns docinhos de mimos em nosso quarto.

Docinhos cortesia

Prontos para dormir, não parávamos de falar sobre o dia incrível que tivemos. Fizemos todo o passeio pelos Caracoles e não havíamos encontrado uma viva alma (exceto 3 chilenos na Cruz de Paramillos).
Foi quando olhando as fotos do dia, ampliei uma que eu tinha tirado na Reserva de Villavicencio. Eram as orientações sobre como reagir caso encontrasse um puma, animal que reside na região. Confesso que naquele momento, senti um frio na barriga enorme e na sequência, elevei meus pensamentos a Deus, agradecendo por não termos encontrado um puma.

O que fazer ao encontrar um puma?

Ainda me dei ao trabalho de pesquisar: "Considerado um dos felinos mais esguios e letais do mundo animal, o Puma é também conhecido pelo nome de leão da montanha, por causa de sua pelagem, que é bem parecida com a dos seus primos africanos. Esse animal, também conhecido pelo nome de onça-parda ou de suçuarana, é o segundo maior felino que habita as Américas, ficando atrás somente da onça-pintada". 
AMÉM!!!

...continua



Estivemos nos Caracoles de Villavicencio, Uspallata e Potrerillos em 25 de dezembro de 2019



Curiosidades da região:
  • Chegando a Reserva Natural de Villavicencio, há uma espécie de portal com pedras pintadas de branco, que são as ruínas do Monumento Histórico de Canota, construído em 1935 em homenagem ao General San Martín. Foi neste local que ele, em 1817, tomou a decisão de separar em duas partes seu exército de 5 mil homens para cruzar os Andes rumo ao território chileno. Metade do exército seguiu com o General San Martín por um caminho e a outra metade partiu como General Las Heras por outro para cruzar a cordilheira
  • O Monumento Histórico Las Bovedas “As Abóbadas” reúne em um museu, as fundições de metal que foram extraídas das minas de San Lorenzo. Alguns estudos estimam que foram construídos no início do século XVII pelos jesuítasee oda a construção é de adobe. O museu dispõe de quatro salas: “Cultura indígena”, “Elenco”, “Mineralogia” e “San Martin”. Eles podem ser vistos elementos indígenas, objetos ferreiro, minerais e metais na área e modelos, respectivamente
  • O Dique de Potrerillos foi inaugurada em 2001 e fica a 69 km da cidade de Mendoza, em pleno Corredor Andino, ocupando 1.500 hectares de superfície, com 14 km de comprimento e quase 3 km de largura máxima. Encravada no Valle de Potrerillos, esta barragem que represa as águas do Rio Mendoza, foi destinada especialmente para atenuar as cheias do rio, modular a irrigação do oásis Norte e gerar energia, contribuindo de modo secundário para a exploração turística da região. Sua central hidroelétrica produz aproximadamente 60% da energia consumida pela província, provendo inclusive outros lugares do país.
  • Em Potrerillos, há clubes, equipamentos esportivos, serviços, alojamentos, propostas de turismo aventura e esportes náuticos, entre os quais se destacam iatismo, windsurf, canoagem e pesca esportiva de variadas espécies como trutas e peixe-rei entre outros, constituem a parte mais significante da atrativa variedade de opções que oferece atualmente o Vale e seus arredores
  • Luján Playa - Bajada al Río recebe mais de um milhão e meio de visitantes. Localizado às margens do rio Mendoza, o local possui 20 hectares com duas praias, estacionamento com capacidade para 800 veículos e possui assistência municipal permanente com uma posição fixa de enfermagem, defesa civil, bombeiros e salva-vidas. Há quadras de voleibol, tênis de futebol, caixas de areia para crianças, três setores distintos com churrasqueiras, uma praça de alimentação com cenário natural para atividades culturais e esportivas e um setor gastronômico com caminhões e drogarias. É cobrada apenas taxa de estacionamento
  • Águas Termais - Termas Cacheutas é um spa composto por diversas piscinas, cada uma com uma temperatura. Nas piscinas mais quentes tem placas recomendando ficar no máximo 5 minutos. Tem piscinas de 30ºC a 50ºC. Além das piscinas tem sauna e um lugar para tomar um banho de lama
  • Ruínas de Fader são as ruínas da primeira usina hidrelétrica no oeste da Argentina, construída por Carlos Fader. Hoje eles são apenas um conjunto do que restou da montanha em Cacheuta


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